sábado, 28 de fevereiro de 2009

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009



Na noite de 10 de fevereiro, a brasileira Paula Oliveira, que reside e trabalha legalmente na Suíça e é companheira de um suíço, foi atacada por três homens com as cabeças raspadas, vestidos de preto, ao descer do trem em Dübendorf, na periferia de Zurique. Eles a espancaram, inscreveram-lhe na barriga e nas pernas, com um estilete, a sigla SVP (iniciais em alemão do neofascista Partido do Povo Suíço, em francês Union Démocratique du Centre – UDP) e a deixaram seminua em um bosque deserto. Paula, grávida de três meses, perdeu as gêmeas e permanece hospitalizada.

Pior, há sinais de conivência do poder local com os criminosos. Os policiais que atenderam Paula tentaram intimidá-la, dizendo ser a única responsável por sua versão. A cônsul do Brasil, Victoria Cleaver, foi destratada pela polícia, que a mandou falar com a vítima se quisesse informações. A advogada foi ameaçada por um investigador: “Se você estiver mentindo, poderá ser presa”. O próprio chanceler Celso Amorim precisou somar-se à pressão por uma investigação do caso.

Em 1º de fevereiro, três italianos, de 29, 28 e 16 anos espancaram e queimaram com gasolina um mendigo indiano em Nettuno, perto de Roma. Segundo a polícia, não foi um ato racista: fizeram isso “para divertir-se”.
No dia 5, o Senado italiano aprovou uma “Lei de Segurança” que, além de criminalizar os imigrantes ilegais e estimular médicos a denunciá-los, legaliza as “rondas padanas”, milícias organizadas pelos racistas da Liga Norte para intimidar estrangeiros, responsáveis por agressões similares, inclusive o roubo, tortura e estupro de ciganas em Monza, Lecco e Varese de 2005 a 2007 e o incêndio de um acampamento cigano em Milão em 2007. No dia 2, insensível a tudo isso, o ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, declarara que “para lutar contra a imigração ilegal e os males que traz, precisamos ser maus”.

Como nos anos 30, a estagnação prolongada, o desemprego e a crise econômica chocaram o ovo da serpente. O fascismo está de volta e não mais apenas nas margens da sociedade europeia, mas em seu próprio cerne.

De - Carta capital

A serpente sai do ovo
13/02/2009 12:58:39

Não leia este texto!



Eu estou chegando até você, em suas mãos como quem não quer nada, mas na verdade estou querendo tudo. Eu não te quero mais ver preso, atrás de grades, dentro de caminhos que criaram para ti. Não agüento mais te ver com passos robotizados, caminhando inocentemente em direção ao moedor de carne que apagará seus sonhos, teu sorriso e todo resto de vida que havia em você.
   
         É... eu admito... Eu sofro de autoritariofobia, sistemofobia, desobediência e Anarquia.

   
         
Mas não se preocupe, são moléstias e doenças que não fazem mal, muito pelo contrário, são ótimas vacinas que criam anticorpos contra a submissão, a obediência, autocastração, a morte em vida e outros males.
   
         O único "problema" é que são contagiosas.
   
         E mesmo que você não perceba, que jogue esse texto no lixo, use no banheiro, faça aviãozinho, não tem mais jeito; você já foi contagiado. Você já tinha uma centelha de desobediência, de teimosia; já tinha todo o campo fertilizado, preparado para a anarquia, a prova disso foi você ter desobedecido ao aviso do título e ter lido o texto.
   
         Agora é tarde, já existe uma sementinha de anarquia e ferrugem em você. Em alguns ela se manifesta em todo seu potencial, em outros vai se proliferando com o tempo, passando pelos órgãos, mas quando chega no coração... é fatal!
   
         Agora que você já leu mesmo; de doente pra doente, pra te ajudar, vou descrever os sintomas que vai sentir:
   
         Primeiro você vai começar a pensar e vai olhar o mundo com outros olhos, com olhos críticos, segundo o seu ponto de vista. Depois você vai enxergar as grades sociais, o sistema de vida que joga gente na fossa, faz milhões morrerem de fome e frio debaixo das pontes e que ao mesmo tempo coloca uns em mansões, nos carrões de último tipo, etc...
   
         Depois você vai olhar para sua vida, vai perceber que seu trabalho, a escola, sua rotina, são cúmplices de todas atrocidades e injustiças desse mundo em que vivemos.

   
         Daí você vai começar a sonhar, a imaginar um mundo livre, feito por pessoa felizes, que cooperam entre si, que se tratam como irmãos. Um mundo sem violência, onde todo mundo faça o que queira, trabalhe no que gosta, na hora e período que desejar e onde todos tenham direito a tudo na sociedade.
   
         Então você começa a pensar que esse sonho pode se tornar realidade, vai querer lutar pra ver as pessoas felizes, vai praticar sem querer o companheirismo e a solidariedade.
   
         Nesse ponto já não adianta mais procurar um médico, um padre, um patrão ou um delegado de polícia, a Anarquia já terá tomado conta de seu corpo e você será um ser humano vivo e livre, no meio de máquinas, atuando como uma ferrugem ácida e cumprindo o destino de transformá-las em seres livres, como você acabou de se tornar.

   

            Adaptado do panfleto original da Juventude Libertária - Santo André / São Paulo - Dez/90

 

            Leia e passe a frente.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Dez princípios do anarquismo

-Autonomia: Esta é a condição indispensável para obter-se a liberdade individual/coletiva. Significa o respeito às decisões, vontades, e opiniões do indivíduo em relação ao grupo e vice-versa. Por exemplo, caso um grupo decida em prol de determinada ação, os membros discordantes não ficam obrigados a participar da mesma. Para isso não devem haver relações de dependência que impeçam as pessoas de se posicionarem livremente.
 

-
Apoio Mútuo: É a ajuda entre seres de uma organização social onde as partes interagem, auxiliando-se e fortalecendo-se. Tal prática não permite disputas, que são fundamentadas no principio irracional de superioridade entre seres, sendo destrutivas para o convívio humano. Nossa proposta é somar forças para alcançar uma melhor qualidade de vida para todos.

-Autogestão: Autogestão é por princípio, a comunidade cuidando diretamente, de seus próprios deveres e interesses. Para que ela aconteça terá de haver ampla liberdade de organização sem leis cerceantes e hierarquias. Por este simples fatos os partidos e legisladores tornam-se desnecessários. Afinal se as pessoas tomam para si as responsabilidades de gerenciamento de suas vidas, os representantes profissionais e demais poderes são completamente inúteis.

-Internacionalismo: Não deveriam existir fronteiras. Não deveriam existir nacionalidades. Patriotismo é um sentimento mesquinho e egoísta que só faz acontecer guerras inúteis e acirrar a raiva entre os povos. A luta pela liberdade passa pela derrubada do capital, que explora e oprime em todo o globo. Ao invés do estado nação, defendemos a autodeterminação dos povos. Somos internacionalistas pois nossa ação revolucionária acontece em todos os lugares do planeta.

-Antimilitarismo: Dentro da instituição militar impera o autoritarismo a partir de um complexo esquema de hierarquia de poder. Qualquer tipo de autoritarismo é inválido! Por que um é melhor que o outro ? Porque é mais velho ? Porque tem mais medalhas no peito ? Todos são iguais! Uns podem deter mais experiência, pois então que a passe para os outros! O respeito virá naturalmente! Criar um sistema hierárquico por via de medalhas e impô-lo a todos é artificial. Abaixo o Autoritarismo!

-Ação Direta: A ação direta é o princípio onde você faz e decide diretamente tudo que lhe diz respeito, em oposição a idéia de representação. O indivíduo por ser único é impossível de ser representado. Quando os movimentos sociais passam a agir e não somente reagir ao sistema, pacífica ou violentamente se faz chamar de ação direta, a maturidade de uma organização, a essência da atuação libertária e a única maneira de trilhar um caminho contínuo para a revolução social.

-Autodefesa: Um princípio libertário que propõe a defesa do indivíduo e/ou coletivo, para garantir sua sobrevivência contra as forças opressoras da reação. Temos de nos defender do sistema e derrubá-lo, a liberdade não é negociada, nem barganhada, mas sim conquistada.
Não se pode "confiar na polícia" e muito menos fazer-nos de vítimas indefesas do sistema. A característica da luta ácrata é a ética e dignidade, "é melhor morrer de pé do que viver de joelhos"; a autodefesa acompanha toda a atuação anarquista.

-Viver a Vida!: Fazer a sua parte não é encarar o mundo sob uma visão pessimista. Mesmo sabendo que o mundo é cruel, temos de saber que não podemos mudá-lo de uma hora para a outra. Por isso, antes de desistir, desacreditar-se, dar um tiro na cabeça ou tomar qualquer outra atitude assassino-suicida, é necessário encarar a realidade, sabendo que, com pequenas atitudes e esforços, conseguimos mudar a cena.

-Individualismo: Individualismo não é, como a maioria faz crer, uma forma de egoísmo, e sim uma valorização do indivíduo, do individual. Um individualista é único, incopiável, livre e incensurável. "Até onde começa a liberdade do próximo." Todos somo únicos. Até o mais alienado dos humanos tem uma qualidade, uma peculiaridade a mais ou a menos pelo menos. Tais qualidades não significam que há melhores ou piores, e sim que somos todos diferentes, únicos. Massificar, exigir de todos, o mesmo comportamento e rendimento, é um atentado à vida, tão vil quanto julgar-se individualista pelo cruel ato de pensar no seu próprio umbigo apenas, mesmo que, para isso, tenha de atropelar, pisar, esmagar e ignorar aos demais.

-Apartidarismo: Eleições criam ilusões e desviam energias da luta direta contra o estado e o capital, deixando desarmados os trabalhadores. Em 1970 os Chilenos acreditaram que se acabaria com o capitalismo elegendo um presidente socialista, em 1973 os militares rasgaram a constituição e instalaram a sanguinolenta ditadura de Pinochet. Em 1964, por muito menos os militares brasileiros rasgaram a constituição e apearam Jango do poder. Portanto não será elegendo um operário, um democrata ou um socialista que sairemos desse pesadelo. Aqui e agora, no seu bairro, no seu local de trabalho, na sua família, na sua escola. Lutando junto aos seus companheiros pela liberdade e para romper as estruturas autoritárias da sociedade, devemos lutar para cotidianizar a revolução e revolucionar o cotidiano.



TexTo ReTiraDo dE:ZinE AmnÉsIa

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Earth First!

POR QUE EARTH FIRST?

Você está cansado de grupos ambientais piegas? Você está cansado de ambientalistas corporativos super-pagos que pelam o saco dos burocratas e da indústria? Você foi desabilitado pela abordagem reducionista de profissionais ambientais e cientistas?

Se você respondeu sim a qualquer uma destas perguntas, então Earth First! é para você. Earth First! é efetivo. Nossa linha de frente, a abordagem de ação direta para proteger a vida selvagem consegue resultados. Nós tivemos sucesso em casos onde outros grupos ambientais desistiram, e chamamos a atenção pública às crises afrontando o mundo natural.

Earth First! foi fundado em 1979, em resposta a uma comunidade ambientalista letárgica, transigente e crescentemente corporativa. Earth First! tem uma conduta decididamente diferente em relação aos problemas ambientais. Nós acreditamos em usar todas as ferramentas disponíveis, se estendendo desde organizar o povão e o envolvimento no processo legal até a desobediência civil e a danificação de equipamentos.

Earth First! é diferente de outros grupos ambientais. Aí estão algumas coisas para se ter em mente sobre o Earth First! e algumas sugestões para ser um Earth First!er ativo e útil: Primeiro de tudo, Earth First! não é uma organização, e sim um movimento. Não existem "membros" do Earth First!, somente Earth First!ers. É uma convicção no biocenrismo de que a vida (a Terra) vem primeiro, e um exercício de pôr as nossas convicções em ação.

Embora haja uma ampla diversidade dentro do Earth First! (de vegans defensores dos direitos dos animais a guias de caças em selvas, de sabotadores a atentos seguidores de Gandhi, de gentalha bêbada da roça a filósofos pensativos, de misantropos a humanistas), há acordo em uma coisa, a necessidade de ação!

EARTH FIRST É DIFERENTE!

Para começar, nós não acreditamos que é suficiente preservar uma parte da nossa vida selvagem remanescente. Nós precisamos preservá-la toda, e é tempo de recriar vastas áreas selvagens em todos os ecossistemas do planeta: identificar áreas-chave, fechar estradas, remover aproveitamentos e reintroduzir as espécies animais extirpadas.

Não é suficiente nos opormos à construção de novas barragens. É tempo de libertar os nossos rios algemados e derrubar Hetch Hetchy, Glen Canyon, New Melones, Tellico e outras monstruosidades de concreto.

Enquanto muitos grupos ambientais são membros do establishment político americano e adotam essencialmente a visão de mundo antropocêntrica (centrada no ser humano) da civilização industrial, nós dizemos que as idéias e manifestações da civilização industrial são anti-Terra, anti-mulher e anti-liberdade. Nós estamos desenvolvendo um novo paradigma biocêntrico baseado no valor intrínseco de todas as coisas da natureza: a Ecologia Profunda. Earth First! acredita na vida selvagem por si mesma.

Fazer lobbies, processos judiciais, escrever cartas e documentos de pesquisas são importantes e necessários. Mas não são o suficiente. Os Earth First!ers também usam a confrontação, o teatro engajado, a ação direta e a desobediência civil para lutar pelas áreas selvagens e processos vitais. E, embora não ignoremos ou condenemos a danificação de equipamentos, a ecotagem ou outras formas de destruição de propriedade, nós apresentamos um fórum para a troca de idéias de oposição criativa ao ídolo do progresso, incluindo idéias sobre danificação de equipamentos.

Para evitar a cooptação, nós achamos necessário evitar a estrutura organizacional corporativa tão facilmente abraçada por muitos grupos ambientais. Earth First! é um movimento, não uma organização. Nossa estrutura é não-hierárquica. Nós não temos uma "equipe profissional" bem paga ou uma liderança formal. Dizendo mais simplesmente, a terra deve vir primeiro(...).





Texto retirado de:

http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/ecoprofunda/01earthfirst.htm

O Homem e oTempo


A partir de hoje penduro ao pescoço
O relógio que marca as horas;
A partir daí cessa o curso dos astros,
O Sol, o canto dos galos e o evoluir das sombras,
E tudo aquilo que a hora nunca anunciou
Está agora mudo, surdo e cego:
Toda a natureza se cala para mim
Diante do tiquetaque do relógio e da lei.

 

Friedrich Nietzsche

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

 És anarquista?
- Sim, porque sou trabalhador consciente.
- Que é ser trabalhador?
- É viver pelo esforço do seu trabalho.
- Quando se pode dizer que o trabalhador é consciente?
- Quando conhece as causas da sua miséria e as combate.
- Que é trabalho?
- É o esforço para produzir.
- Que é produzir?
- É criar riqueza.
- Que é riqueza?
- É tudo o que pode ser útil ao homem.
- Então o sol é uma riqueza?
- Sim, como o ar, a água, os peixes, etc.
- Mas o sol não é produzido pelo homem.
- Não, por isso se chama riqueza gratuita.
- Há outras riquezas gratuitas?
- Há, o ar, a chuva, os rios, os mares, etc.
- A terra será uma riqueza gratuita?
- Deveria sê-lo, porque é a matéria natural da produção natural da produção das riquezas minerais e orgânicas; mas não o é.
- Porque não o é?
- Porque é possuída por alguns homens em prejuízo da maioria dos homens.
- Isso é justo?
- Não. Isso é a causa da maior parte das desgraças humanas. Que dirias de um indivíduo que pudesse apropriar-se da luz e do calor solar e o fizesse para vendê-los depois aos outros homens? - Que seria um infame!
- Que dirias dos homens que se apropriam de toda a Terra e não permitam que os outros a cultivem?
- Que são infames.
- Que dizes de uma sociedade que mantém esse regime?
- Que é uma sociedade prejudicial ao homem e portanto precisa ser reformada pela extensão do direito de propriedade particular.
- Quem mantém essa propriedade particular?
- O governo, isto é, alguns homens que pretendem dirigir os outros homens.
- Qual é o meio de que lançam mão para tal fim?
- A lei, e para garantir a lei o soldado.
- Que é lei?
- O conjunto de regras impostas pelos reis, conquistadores, capitalistas, etc... às classes trabalhadoras com o fim exclusivo de manter a propriedade particular, isto é, a posse das riquezas, e regular a sua transmissão.
- Que é o soldado?
- É um trabalhador inconsciente que se sujeita aos possuidores da terra para manter essa posse a troco de um miserável pagamento.
- Como se sujeita ele?
- Sujeita-se pela disciplina.
- Que é a disciplina?
- É a escravização da vontade do soldado ao seu superior. O soldado obedece ao que lhe mandem sem saber como nem porquê.
- Qual é o ofício do soldado?
- Matar.
- Mas a lei não proíbe matar?
- Proíbe, mas se o soldado matar um trabalhador que protesta contra o governo, a lei declara que o soldado é um virtuoso.
- O papel do soldado é digno?
- Não. É o mais vil possível.
- E como há trabalhadores que se fazem soldados?
- São iludidos pelos governantes e arrastados pela miséria.
- Como conseguem iludi-los?
- Com fardamentos vistosos e insuflados neles o preconceito do amor à pátria.
É um sentimento mesquinho que leva o indivíduo a supor que os que nasceram no seu território são superiores aos outros homens.
- Esse sentimento leva a más conseqüências?
- É o elemento principal que arrasta as massas humanas à "Guerra".
- Que é a guerra?
- É um processo de dominação pela morte.
- Como se explica?

- A história universal mostra que os "grandes" de uma nação armavam soldados, adestravam-nos e subjugavam pela força aos homens de outras terras, ou para escravizá-los, ou para se apossarem da lavoura, suas minas, de suas riquezas até mesmo de suas mulheres. Os diretores dessas guerras, um Cambyses, um Alexandre Magno, um César, um Napoleão. Eram simples bandidos que procuravam justificar as suas invasões com pretextos fúteis de "honra, vingança, amor à Pátria". Hoje as guerras são a mesma coisa, luta por causa de colônias, de comércio, de capitais comprometidos.

- Quem faz a guerra?
- São os capitalistas, por intermédio dos diplomatas e pelos canhões movidos por soldados.

- Que fazem os soldados da polícia?

- Mantém a chamada ordem , isto é, o regime de autoridade pelo qual os inferiores se subordinam aos superiores. Desde que alguns trabalhadores procuram levantar-se contra os seus exploradores a polícia intervém para "manter a ordem" isto é obrigar os trabalhadores a se submeteram à exploração.
- Como reformar isso?
- Extinguindo a propriedade particular e tornando a posse da Terra coletiva.
- Quem fará essa reforma?
- Os dirigentes capitalistas não o farão porque isso seria contrário aos seus interesses; logo essa reforma só pode ser feita pelos trabalhadores.
- Como se chamará o regime da propriedade coletiva?
- Chamar-se-á Anarquia.
- Que significa esse nome?
- Significa "não comando", isto é, exclusão dos superiores e portanto "igualdade, não autoridade".
- A anarquia exige ordem?
- É o único meio de obter a verdadeira ordem, que hoje é mantida apenas pela compreensão. Basta que por um dia se suprimam a polícia e o exército para que a "desordem" atual se manifeste em desmando de toda a espécie.



O Sapato como Monumento

. 
Um monumento ao sapato acaba de ser inaugurado na cidade de Tikrit, no Iraque. O modelo do sapato é igual aos do jornalista Muntadhir Al Zaidi. A escultura, feita inteiramente em cobre, mostra os sentimentos do povo iraquiano para com Bush e o seu império. 
Ver também Pela criação da "Ordem do Sapato" . 
Adenda: O governo títere iraquiano mandou as autoridades provinciais demolirem o monumento. Entretanto, o jornalista Muntadhir Al Zaidi continua preso em Bagdad.